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OKR é tão bom quanto falam?

Muito se comenta sobre o uso da metodologia de OKR e como ela é poderosa para as empresas se planejarem e alcançarem seus resultados.

Se você não sabe o como ela funciona, explicamos melhor neste artigo aqui.

Esse lembrete vem muito acompanhado do case do Google, que é a maior referência na aplicação da metodologia.

Os críticos vão se perguntar “Será mesmo que se eu aplicar OKR na minha empresa ela vai melhorar os resultados e crescer como o Google?”

Já adiantamos que não. Mas vamos te explicar o porquê.

Alguns ficam tão maravilhados com metodologias e seus resultados em outras empresas que esquecem de algumas premissas básicas que nunca se tornarão obsoletas.

Se você imagina que apenas aplicar OKRs na sua empresa ou projeto será a solução dos problemas, desculpem o balde de água fria, mas não será.

Pensar assim é semelhante à ideia de que se você pegar a guitarra do B. B. King você tocará Blues tão bem quanto ele.

Fica claro que apenas ter o instrumento certo não é o suficiente, contudo devemos ter ciência que dar uma guitarra de brinquedo para o Rei do Blues também não dará certo.

Nesta linha, podemos dizer que a chave para se tornar o “B. B. King das empresas” está em 3 pilares que falaremos aqui: saber o que fazer, saber como fazer e ter a ferramenta para fazer.

Antes de tudo, você sabe o que fazer?

Seguindo a linha musical, sabemos que um bom músico entende do que está fazendo. Ele sabe a teoria musical e tem um objetivo com cada nota tocada na sua música.

Trazendo essa analogia para o contexto empresarial, ele sabe o que fazer, ou seja, sabe onde chegar e tem a estratégia traçada para alcançar seu objetivo.

Esse é o princípio que irá nortear o sucesso dos seus negócios.

Quando falamos em estratégia, sempre vem à mente o famoso clichê de Alice no País das Maravilhas: “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve” e isso é verdade.

O primeiro ponto que um bom gestor precisa ter é clareza para onde ir, onde quer chegar e qual(is) o(s) objetivo(s) do seu negócio.

Isso parece óbvio, né? Mas acredite, na realidade nem sempre isso está claro.

Deixamos aqui a provocação, você sabe exatamente onde sua empresa quer chegar?

Apesar de ser uma premissa, por vezes encontramos equipes que não têm clareza frente a essas perguntas.

Porém não podemos ser displicentes, uma vez que é um ponto que irá mudar todo o jogo quando discutimos sobre OKRs.

Se você nunca trabalhou com a metodologia, quando começar irá entender que ela suscita algumas perguntas que só serão respondidas se o objetivo de onde chegar estiver claro. Se você já trabalhou, sabe do que estou falando.

A essa altura, acredito que está nítida a importância de diretrizes estratégicas bem definidas para que sejam elaborados os passos futuros do negócio.

É neste momento que a visão da empresa se torna protagonista.

Aproveitamos para deixar mais uma reflexão: as pessoas da sua empresa têm a visão da companhia internalizada?

“Eu sei como fazer?”

Entendido que precisamos saber onde queremos chegar, existe um outro fator que caminha lado a lado, que é o entendimento do negócio.

Para que sejam definidos os objetivos para chegar na visão, é importante saber como funciona o seu negócio, seu mercado, seu momento de negócio.

Quais indicadores conseguimos mensurar?
Quais métricas são viáveis e fazem sentido?
Quais métricas conseguimos usar para mensurar os resultados que esperamos?
E assim vai…

Mais uma vez pode parecer óbvio, mas não é incomum encontrarmos equipes que têm muita dificuldade de montar seus objetivos por não saberem a fundo sobre o negócio. Por estarem confusos quanto às definições do negócio, dúvidas sobre como transformar seus anseios em objetivos palpáveis vêm à tona.

Voltando ao nosso consagrado B.B. King, temos mais uma lição a aprender: para quem não conhece, o Blues tem uma característica muito marcante que é o improviso.

“Mas calma, você diz improvisar, improvisar?”
Isso mesmo, a banda costuma improvisar durante as apresentações, fazer a música na hora, sem ter uma partitura ou coisa do tipo, famoso “quem sabe faz ao vivo”, curioso, né?

Mas como isso acontece de maneira tão natural e bem orquestrada? Eles são preparados para isso!

E o que isso tem a ver com nossa estratégia e OKR?

Se tem uma coisa que o gestor precisa é estar pronto para adaptar a rota, lidar com a imprevisibilidade, rever estratégia e improvisar frente às mudanças de mercado.

É mais que natural que o que planejamos no início do ano precise de uma atualização ou um ajuste com o passar do tempo, afinal, não conseguimos prever todos os eventos que surgirão em nosso caminho.

Como sempre falamos por aqui, é necessário ter uma mentalidade preparada para se adaptar às mudanças.

Ser um profissional ágil – aquele que foca no valor para o cliente e está pronto para adequar o caminho – está totalmente alinhado com essa forma de gestão que a atualidade exige.

Contudo, não basta ter a mentalidade certa se não temos os modelos e métodos que permitam colocá-la em prática.

Mesmo que você seja uma pessoa que sabe a importância de fazer uma mudança de rota e tenha isso como sua forma de pensar, caso não tenha uma estrutura que alicerce essa prática, as coisas ficarão muito complicadas.

Quer saber mais características de um profissional ágil, dá uma olhada neste texto: 5 competências do profissional ágil.

Eu tenho a ferramenta certa?

É por essa razão que a metodologia de OKR se destaca.

Ela consegue, de maneira simples e prática, alinhar o “onde queremos chegar” com o “o que iremos fazer”, permitindo que esse planejamento seja revisto e verificado com frequência e suportando tomadas de decisão mais assertivas.

Ela também faz parte da estratégia, mas não é a estratégia em si. Esse é o grande ponto que se deve ter em mente.

O simples fato de fazer seu planejamento usando OKRs não vai garantir que você terá crescimento e resultados melhores, pois ela é uma forma de organizar a sua estratégia e viabilizar um modelo de gestão mais ágil.

Porém, se você estiver perdido para onde ir, ela te levará a qualquer lugar. Em contrapartida, se você souber onde quer chegar, ela te levará com muito mais clareza ao seu destino.

Ela também faz parte da estratégia, mas não é a estratégia em si, esse é o grande ponto que deve-se ter em mente.

 

Finalizando…

Para finalizar, eu gostaria de sintetizar o que conversamos aqui.

Neste momento, você pode pensar “li este texto todo para ter tudo resumido ao final”. Pois bem, pensou certo (risos).

  • Saiba onde você quer chegar;
  • Conheça seu negócio, estude seu nicho e saiba do seu mercado; 
  • Tenha uma estratégia boa e bem definida;
  • A metodologia OKR não é a estratégia em si. Tenha sua estratégia definida e use os OKRs para organização, comunicação e gestão;
  • Utilize um modelo de gestão que permita (e incentive) adequações de rota.

Compreendido qual o papel dos OKRs na sua companhia, temos que ressaltar que para que ela dê certo, você precisa saber como utilizá-la.

É como dar um saxofone para o B. B. King. Não é o instrumento que ele entende, então o resultado não será o mesmo.

Para isso, você precisa estudar o método, saber o que dá certo ou não, ciladas e erros mais comuns, boas práticas, enfim … O caminho das pedras.

E sobre isso a gente entende.

Precisa de aprender mais sobre a metodologia ou quer entender porque ela pode não estar sendo efetiva na sua empresa?

Um abraço e até a próxima!

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